O B/L ou BOL, do inglês Bill of Lading, é um documento emitido por um transportador (ou seu agente), para o conhecimento sobre o embarque de uma mercadoria no modal marítimo, de uma carga, seja solta ou em container.
A intenção de se utilizar o e-B/L (B/L Eletrônico) vem desde a década de 90 e muitos anos se passaram até então que o evento COVID-19 suscitou a necessidade de retomar o tema com mais ênfase e amparado, desta vez, por maior sustentabilidade e segurança tecnológica.
Interessante trazer a este texto, observação feita pelo “TradeLens”, (TradeLens, a plataforma lançada pela MAESRK e IBM em Agosto de 2018), que devido à dificuldade encontrada (barreiras burocráticas, relativas a bancos, seguradora e governamentais), chama o e-B/L de ” Santo Graal do comércio global “, já que tem sido uma verdadeira saga para se implantar!
Com as Tecnologias, como blockchain e outras, (tecnologia de segurança utilizada inicialmente para efeito do evento BITCOINS) se pressupõe avanço com relação à segurança na transmissão de dados para efeito da emissão e uso do e-B/L.
Ainda assim, há um longo caminho a ser percorrido. A diversidade cultural, tecnológica e burocrática (sobretudo alfandegários) dos países do globo, continuam sendo barreiras a serem transpostas.
É fato, que se possa utilizar todo e qualquer documento na forma digital logo, mais fácil ainda de se entender, quando relacionado ao comércio exterior no âmbito de sua logística. Afinal, as distâncias oceânicas percorridas são longas e os meridianos continuam definindo os “fusos horários”, não obstante há as questões ambientais que, recentemente, assumiram papel preponderante no mundo.
Parâmetros como: velocidade da informação e registros automáticos seguido do critério economia, levam a revisão de pensamento, e entendimento de que todos os documentos, na esfera do comércio exterior, sejam movimentados entre players, na forma eletrônica. Entretanto, há que se atentar a conversão da HARD COPY para o e-B/L sem que interfira ou cause impacto nas empresas de logística, sobretudo economicamente. Salvaguardado os interesses de micro, pequenos e médios, a discussão em torno do efeito do positivo da aplicação do e-B/L se resume na conclusão inequívoca de que é bastante importante e contemporânea.
Atualmente, o TradeLens é formado por alguns dos principais armadores do mundo, representando algo em torno de 50% dos containers transportados, o que sugere a presunção de que cada vez mais se caminha para a materialização e implementação do e-B/L.
Incrível, como uma mudança do antigo para tecnologia atual, com a substituição do B/L em papel para o e-B/L (BL eletrônico), estima-se uma economia de 10 dígitos em dólar, de acordo com DCA.
Com o expurgo do B/L em papel da logística de transporte marítimo internacional, além da economia direta, haverá melhoria na qualidade do processo, como consequência da velocidade de informação, da transferência e arquivamento eletrônico, ecológicos sem dúvida e, com potencial de segurança muito maior quando comparado com o modelo atual.
O cálculo é estimado com base no fato de que, participam da intenção, 5 dos maiores armadores do mundo em termos de alcance e movimentação de contêineres. Outro parâmetro está calcado na aproximação da mudança no AWB eletrônico. Entretanto, intuitivamente não é difícil de prever economia e melhoria em todos os sentidos, pois bancos, seguradoras, terminais, NVOCC e Forwarders mandatoriamente movimentam o conhecimento marítimo BL.
Referências: dcsa.org & Portos e Navios.