Vamos continuar falando sobre cargas IMO??
Que medidas de segurança deve-se tomar para o Transporte de Cargas Perigosas?
Os embarcadores, devem, ao despacharem uma carga para o transporte, fazer com que esta esteja acompanhada das seguintes documentos:
1- Para fazer esse tipo de transporte é necessário apresentar um documento chamado MSDS (Material Safety Data Sheet), documento emitido pelo exportador, com o detalhamento e características químicas e comerciais da mercadoria que contribuirão para a aprovação da mercadoria para seu transporte.
2- O documento DCA (Dangerous Cargo Application) também é preenchido pelo exportador e deve constar as informações básicas da carga, com o nome e data da embarcação para a autorização junto à companhia marítima.
3- Ficha de emergência – FISPQ Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico contém todos os dados relativos às propriedades e especificações da carga transportada: esse documento que também é de responsabilidade do exportador deve acompanhar a carga de porta a porta e deve constar toda a informação de como proceder corretamente em caso de emergência para evitar maiores danos, inclusive o telefone do químico responsável da empresa.
4- Certificado de Homologação: Para o adequado e seguro transporte das mercadorias perigosas é obrigatório que as embalagens tenham sido submetidas aos testes previstos no Código IMDG e recebam o Certificado de Homologação emitido pela Diretoria de Portos e Costas (DPC), representante da autoridade marítima brasileira. Este certificado tem validade internacional. Esse é o documento que comprova que a embalagem atende as normas de segurança cujo certificado emitido constará detalhes do produto, modelo da embalagem, por quem foi fabricado, o endereço, e o mais importante, a marcação da embalagem.
SAIBA COMO PLANEJAR O TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS
As substâncias perigosas são classificadas de acordo com o IMDG Code (International Maritime Dangerous Goods) e CFR USA, desenvolvido para uniformizar várias classes de acordo com sua periculosidade diante ao meio ambiente e a todos os seres que podem ser prejudicados.
Identificação e sinalização de produtos perigosos.
CLASSIFICAÇÃO IMDG
Classe 1: Explosivos
1.1 Substâncias e artigos que tem riscos de explosão.
1.2 Substâncias e artigos que possuem risco de projeção mas não de explosão.
1.3 Substâncias e artigos cujos possuem risco inflamável e um menor perigo de explosão e projeção, mesmo não tendo uma massa explosiva de risco.
1.4 Substâncias e produtos cujos não representam risco significativo.
1.5 Substâncias bastantes insensíveis cujas têm uma massa explosiva de risco.
1.6 Artigos extremamente insensíveis cujos não possuem uma massa explosiva de risco.
Classe 2: Gases
2.1 Gases inflamáveis.
2.2 Gases não tóxicos e não inflamáveis.
2.3 Gases tóxicos.
Classe 3: Líquidos inflamáveis
Classe 4: Sólidos inflamáveis, substâncias que podem ocasionar combustão espontânea e substâncias que, em meio aquoso, podem emitir gases inflamáveis
4.1 Sólidos inflamáveis e substâncias autoreativas.
4.2 Substâncias responsáveis por combustão espontânea.
4.3 Substâncias que, com o contato da água, emitem gases inflamáveis.
Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos.
5.1 Substâncias oxidantes.
5.2 Peróxidos orgânicos.
Classe 6: Substâncias infectantes e tóxicas
6.1 Substâncias tóxicas.
6.2 Substâncias Infecciosas.
Classe 7: Material Radioativo.
Classe 8: Substâncias Corrosivas.
Classe 9: Diversas substâncias/Miscelâneas.
Exemplo de certificado de homologação. Há três grupos de embalagens para mercadorias perigosas, que são:
I – alta periculosidade II – média periculosidade III – baixa periculosidade
5- MDGF (Multimodal Dangerous Goods Form.): este formulário é preenchido pelo exportador após a aprovação com todas os detalhes da carga perigosa, detalhes do equipamento de embarque, e assinatura do químico ou responsável.
Pode haver reações químicas entre os diversos tipos de produtos perigosos, então há a necessidade de se segregar (separar) as diversas substâncias, para evitar que elas adquiram condições de reagir entre si.
A tabela abaixo é a segregação a bordo dos navios, mas em geral, esta tabela é aplicada também nas áreas portuárias, já que isso oferece uma segurança ainda maior na movimentação destas cargas.